segunda-feira, 2 de julho de 2012

A CBN E O AVIVAMENTO


A CBN e o Avivamento

No tempo do profeta Samuel o povo de Israel gemia sob dura escravidão há mais de vinte anos, exatamente o tempo em que a arca do Senhor permanecia fora do seu honroso lugar. Eram tempos de tristeza e humilhação para o povo escolhido. Isso levou Israel a clamar ao Senhor com lamentações. Oração levou o povo a Samuel. Samuel, ao Senhor e o Senhor trovejou com grande estampido e derrotou o figadal inimigo – os filisteus.

E tem sido esse o caminho: crise espiritual com consequência na economia, que obriga o povo a orar, e oração tem como resposta um poderoso derramar do Espírito Santo. Daremos um breve passeio pelo tempo:


1. Inglaterra e França no princípio do século 18 estavam esfaceladas pela corrupção e pela imoralidade. França desprezou o recurso do céu, foi às armas e mais de quinhentos mil franceses perderam a vida na guilhotina; Inglaterra contou com a instrumentalidade de João Wesley, que levou o povo à oração e ao poderoso avivamento, sem o derramar de uma gota de sangue.


2. Porque um homem – João Hyde – foi cheio do Espírito Santo, algumas partes da Índia que rolavam na corrupção foram avivadas e houve grande salvação.


3. A Coréia não fora ainda dividida. O fogo que Hyde levou à Índia ardeu também na Coréia. O povo orou e os céus responderam com poderoso derramar do Espírito.


4. A China estava preparada para a batalha da vingança. Os filhos dos cristãos que foram massacrados pelos boxeres, afiavam suas armas para vingar o sangue de seus ancestrais. Um homem, porém, Jonathan Goffot, levou o povo a orar, e tudo mudou na China: os filhos dos cristão trocaram suas armas pela Bíblia, ódio pelo amor, e milhares se converteram ao Senhor.


5. Em 1904 o País de Gales vivia uma das mais agudas crises de sua história. Um servo do Senhor – Evan Roberts – começou a orar e a levar o povo à oração, e houve poderoso avivamento no País de Gales. E esse tem sido o caminho para os maiores avivamentos da história. 


Aqui no Brasil não foi diferente. O Evangelho veio por escoceses e norte-americanos no segundo quartel do século passado. Enfrentou grandes dificuldades, mas era o primeiro amor. O povo de Deus orava e estava unido. Com o multiplicar do número de convertidos, tudo virou rotina, e o gelo do conformismo petrificou o coração dos crentes. A história do Derramar do Espírito em nosso Brasil, abrange três períodos distantes. Vejamos:


I – O QUE FOI


A “esquerda” crescia e se fortalecia em nossa pátria. Pelo espaço de quinze anos prevaleceu a ditadura getulina. O jogo de azar campeava juntamente com a imoralidade, a corrupção, a prostituição.
O povo de Deus começou a sentir os efeitos dessa desordem moral. A marcha de nosso trabalhar não parou, mas pouco avançou.


Eis que pela década de 1930 uma mulher, Rosalee M. Appleby começou a orar por um avivamento no Brasil. Através da literatura, levou o povo a orar. Na década de cinquenta, como resposta às orações de D. Rosalee, um homem, José Rego do Nascimento, foi cheio do Espírito e começou a romper os odres velhos do frio tradicionalismo e a pregar por todo o Brasil, o vinho novo do batismo no Espírito Santo. E Rego foi usado para que outro homem, Enéas Tognini, fosse cheio do Espírito. Rego ficou enfermo e há 32 anos está silencioso em sua casa. Mas o fogo do Espírito do espírito ardeu nas fileiras tradicionais. Denominações históricas como a batista, a metodista, a presbiteriana, a presbiteriana independente, a congregacional, e outras, receberam o poder do Espírito, e cresceram gigantescamente. Deus nos preparava para enfrentarmos um poderoso inimigo: o comunismo. Já estava no Brasil e pretendia asfixiar nossa liberdade. Por divina orientação foi proclamado o Dia Nacional de Jejum e Oração para todos os evangélicos do Brasil, sem fronteiras denominacionais. Foi marcado para o dia 15 de novembro de 1963. O povo de Deus orou e Deus visitou o Brasil com gloriosa libertação.


II – O QUE É, HOJE, NOSSA OBRA


Com a liberdade que nos veio do esforço do povo de Deus em 15 de novembro de 1963, pudemos desfraldar a bandeira do evangelho em cantos e recantos de nossa pátria. Em 1963 éramos dez milhões de evangélicos, hoje somos mais de 25 milhões. Se o comunismo tivesse prevalecido, teríamos desmoronado.


Os evangélicos cresceram e se multiplicaram, e particularmente, nós batistas nacionais, chegamos a 1200 igrejas, 2000 congregações, mais de 200 mil membros, 21 seminários, mais de 1600 pastores, uma grande editora e um forte trabalho missionário.


III - O QUE SERÁ A CBN?


Podemos gritar “ebenézer”, isto é, “até aqui o Senhor nos ajudou”. E o Deus que nos ajudou “até aqui”, por certo nos abençoará pelos anos em fora.


Algumas coisas são necessárias, tais como:


a) Firmeza na Rocha, que é Cristo e a sua eterna Palavra. Seguros na mão de Deus, resistiremos os vendavais do pecado, da desunião, do personalismo, da vaidade, da frouxidão doutrinária.


b) Mantermos nossa identidade denominacional. Amamos todos os nossos irmãos, mas somos batistas e horaremos nosso nome.


c) Continuaremos com a bandeira do batismo no Espírito Santo com coragem e determinação.


d) Cooperando 100% com todos os empreendimentos de nossa querida CBN.


Com a graça do Deus Todo-Poderoso, um forte esquema de oração e cooperação liberal, marcharemos com resolução e firmeza.


Pr. Enéas Tognini
Presidente da CBN
São Paulo, 17 de novembro de 1999.
Extraído de O Batista Nacional, novembro e dezembro de 1999.

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